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Você já deve ter ouvido falar sobre a importância do manejo do estresse durante a gestação, afinal, ele pode trazer consequências para o bebê. Entre as possíveis consequências estão alterações hormonais, na pressão arterial e sistema imunológico da mulher, o que pode interferir no desenvolvimento do bebê e aumentar o risco de infecções, além de favorecer o parto prematuro e o nascimento do bebê com baixo peso.
Mas a ciência tem mostrado que os danos podem ser ainda maiores e afetar até mesmo a maneira como o cérebro da criança se desenvolve. Ficou curiosa? Continue lendo e entenda.
O que diz a ciência sobre os impactos do estresse na gestação
A fim de avaliar como o estresse das mamães pode impactar a saúde dos bebês, um grupo de pesquisadores se dedicou a avaliar a relação entre a produção de cortisol (o hormônio do estresse) das gestantes com exames de imagem do cérebro das crianças.
A pesquisa funcionou da seguinte maneira: os cientistas convidaram cerca de 80 voluntárias e seus filhos recém-nascidos e avaliou, paralelamente, amostras de cabelo das mães nos últimos três meses de gestação. Assim, determinaram o nível de estresse (avaliado com base na quantidade de cortisol) e compararam com o desenvolvimento da estrutura amígdala e sua conexão com outras partes do cérebro do bebê (fazendo uso de uma ressonância magnética).
O resultado dessa comparação mostrou que a exposição a níveis mais elevados de cortisol no útero afetava os bebês de diferentes maneiras com base no sexo: os meninos exibiam alterações na estrutura fina de sua amígdala, enquanto as meninas exibiam mudanças na forma que aquela região do cérebro se conecta a outras redes neurais.
Mas o que há em comum em ambos os sexos é a hipótese de que a exposição precoce ao estresse pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê.
O que isso significa na prática? A amígdala é a parte do cérebro que processa as emoções e a exposição precoce ao estresse, ainda no útero, está relacionada a um risco aumentado de desenvolvimento de problemas de humor e de desenvolvimento, como TDAH e depressão.
Como prevenir o estresse na gestação
É normal que a gestação venha acompanhada de muitas emoções: ansiedade, medo, insegurança, apreensão… Tudo fica ainda mais intenso quando a mamãe entra nos meses finais dessa trajetória.
“Mas não é possível prevenir o estresse?”, você pode me perguntar. A resposta é que, de fato, não há como combater emoções, mas há como se preparar para que o processo de gestação como um todo seja mais suave, agradável e repleto de amor.
O planejamento familiar é um bom exemplo disso. Famílias que se preparam para receber um bebê têm mais estrutura para recebê-lo. Além disso, uma mamãe que faz acompanhamento antes mesmo de decidir engravidar, tem a oportunidade de tratar qualquer transtorno de humor que possa se agravar na gestação (ansiedade, depressão, etc.).
Se você pretende ter uma gestação, inicie seu acompanhamento com um ginecologista ainda na fase do planejamento. Um suporte profissional adequado garantirá mais saúde para você, seu bebê e toda a família.
Você pode contar comigo!