![](https://static.wixstatic.com/media/ce79c7_54c11f18a4bd4cd28db4f4c7c97f0924~mv2.png/v1/fill/w_700,h_400,al_c,q_85,enc_auto/ce79c7_54c11f18a4bd4cd28db4f4c7c97f0924~mv2.png)
O mês de maio já começou com o Dia do Trabalhador, e para entrar no clima, trouxe para vocês, mamães, futuras ou curiosas, um estudo recente que identificou um padrão: bebês de mulheres que rodam turnos no trabalho (dia pela noite) podem ter menor crescimento fetal, mesmo quando essa troca é realizada apenas no início da gravidez.
Esse não é o primeiro estudo que demonstra os prejuízos da instabilidade da rotina de trabalho para a saúde. A necessidade de rodar turnos não permite que o corpo tenha um "padrão de funcionamento", fato que desregula diversas funções, o sono é só um exemplo.
Além de atrapalhar a qualidade das horas passadas na cama, a inconstância prejudica a tolerância à glicose – que, consequentemente aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 – e obesidade em qualquer pessoa. Mas ainda não haviam estudos que investigassem os efeitos na gravidez, o resultado não foi diferente, além de todas essas consequências, o desequilíbrio metabólico pode resultar em crescimento fetal reduzido em gestações com um único feto e gestações mais longas em mães portadoras de gêmeos. É importante ressaltar que esse foi o caso, mesmo quando as mães interromperam as trocas de turno, após o primeiro terço da gravidez.
Os efeitos do trabalho por turnos na gravidez não são bem compreendidos. Descobrimos que a exposição a turnos noturnos e diurnos rotativos, mesmo que precocemente na gravidez, alterou os desfechos metabólicos.
É importante que estudos continuem a ser realizados nesse sentido, afinal, é fundamental que as mulheres estejam cientes de como suas rotinas podem influenciar o organismo de forma ampla, e também o organismo que começa a se formar dentro delas.
Isso possibilita planejamento prévio de forma a prevenir possíveis complicações de saúde.
Por falar nisso, os mesmos pesquisadores já estão avaliando se o trabalho em turno afeta a saúde do feto, observando os ritmos circadianos, a saúde cardiometabólica e a composição corporal.
Enquanto esses dados não são divulgados, não custa levar em consideração tudo que já sabemos até agora e, se possível, evitar esse tipo de serviço, até mesmo se você não está gravida, afinal, como mencionei anteriormente, estudos já comprovaram os prejuízos para a saúde geral.
Além disso, se você está gravida ou pretende, se certifique de realizar exames de rotina e também o pré-natal. Eles são fundamentais para prevenir possíveis complicações na gravidez como a eclâmpsia e pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, etc.
Fonte: Kathryn L., et al. Simulated shift work disrupts maternal circadian rhythms and metabolism, and increases gestation length in sheep. The Journal of Physiology, 2019; DOI: 10.1113/JP277186
Comments