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Foto do escritorDra. Denise Muniz

Entenda porque devemos lutar pela redução da mortalidade materna



No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna vamos falar dessa missão que está até mesmo entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável 2015/2030 propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), compromisso internacional assumido também pelo Brasil, e que tem como a meta de reduzir a mortalidade materna para 30/100 mil nascido vivos até 2030.

Primeiramente, precisamos falar sobre o que é a Mortalidade Materna: conceitualmente caracteriza-se como morte materna qualquer morte que ocorre durante a gestação, parto ou até 42 dias após o parto. Ela pode ser decorrente de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez, porém não devida a causas acidentais ou incidentais.

Esse dia é importante para a conscientização, já que cerca de 92% das mortes maternas são por causas evitáveis e ocorrem, principalmente, por hipertensão, hemorragia ou infecções.

Mas como conseguir evitar? São diversas as frentes de ações propostas através de campanhas de conscientização e investimento em políticas públicas voltadas para a saúde da mulher.

Colocando de forma prática, as medidas mais urgentes e necessárias se referem ao acompanhamento ginecológico antes mesmo da gravidez, em alguns casos antes mesmo da primeira menstruação, para aconselhamento sobre início da vida sexual e realização de checkup ginecológico para detecção precoce de doenças. Além disso, o planejamento familiar também é uma etapa importante, e diferentemente do que você pode imaginar a um primeiro momento, não se destina exclusivamente a quem planeja engravidar, isso porque o planejamento de NÃO engravidar também é um direito garantido à mulher e ela deve ter acesso aos meios necessários para tal finalidade.

Mas, agora falando sobre prevenção da mortalidade materna, é importante ressaltar o acompanhamento pré-natal, que deve começar o mais cedo possível! Mas os cuidados não podem parar por aí, o parto e pós-parto, bem como a criança, seu desenvolvimento e crescimento até completar dois anos de vida são tópicos importantes nessa discussão.

Um pré-natal realizado de maneira eficiente e regrada pode detectar precocemente complicações gestacionais como o diabetes gestacional, pré-eclâmpsia (evitando o desenvolvimento da eclampsia), hipertensão, entre outras. Por isso é essencial fazer exames periódicos durante toda a gravidez.

Como citei no início, esse é um compromisso internacional e eu me incluo nessa missão. Como ginecologista e obstetra reconheço as políticas que fortalecem a humanização do atendimento das gestantes, a melhoria da atenção pré-natal, nascimento e pós-parto.

Sou uma profissional da saúde e busco qualificação para orientar minhas pacientes e empatia no tratamento.

Vamos juntas nessa luta por mais qualidade de vida e saúde para nós, mulheres? Juntas, informadas e conscientizadas podemos mais.

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